quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Navaratri - Adoração a Mãe divina

O início da primavera e início do outono são duas junções muito importantes de influência climática e solar. Estes dois períodos(de acordo com o calendário lunar), são oportunidades sagradas para a adoração da Mãe Divina.


A Mãe Divina ou Devi/Shakti em sânscrito, é o aspecto puramente feminino, criador e ativo da Pura Consciência, que permeia tudo o que existe(manifesto e imanifesto). No mundo manifesto, a energia de Devi é muito bem simbolizada pela figura da mulher, da mãe e da grande mãe-natureza. Porém, esta mesma energia divina repousa em toda criação.

Então hoje, dia 28 de Setembro começa uma celebração muito importante, principalmente na Índia. Essa celebração terminará apenas dia 6/10, por isso é chamada de Navaratri. Nava em sânscrito significa 9 e ratri noites... são nove noites e 10 dias celebrando a vitória de Devi contra as forças demoníacas, que é uma maneira simbólica de representar a batalha contra os nossos próprios demônios internos.

Nos três primeiros dias e noites, Kali- a Deusa da força e da transformação é adorada. Ela é invocada para nos ajudar a destruir todas nossas impurezas.
Lakshimi


Nos três dias e noites seguintes, Lakshimi - a  Deusa da prosperidade é adorada. Ela é invocada para nos ajudar a adquirir riqueza interna e externa, bem como generosidade e abundância em nossas vidas. 


Nos três últimos dias e noites, Saraswati – a deusa do conhecimento é adorada. Ela é invocada para nos ajudar a adquirir Auto-Conhecimento    

No décimo dia, é comemorada a vitória propriamente dita, que simboliza que o Conhecimento foi adquirido.


Para os Hindus, o Auto-Conhecimento ou o Conhecimento da Verdade é o RE-CONHECIMENTO de que nós (e tudo o que existe) somos em essência Pura Consciência – eterna, ilimitada e bem aventurada.

Saraswati




Cabe lembrar que essas Deusas não são entidades separadas de nós, elas são apenas figuras simbólicas para representar nossos próprios poderes internos. Primeiro precisamos nos libertar das impurezas mentais, depois conseguir conforto suficiente para ter uma mente tranquila e apta para então, poder adquirir o Conhecimento.






Seja através do auto-cuidado, mantras, orações, rituais, meditações ou através do contato íntimo com a natureza…Esse deve ser um período de introspecção e de purificação, e tradicionalmente é um momento auspicioso para reverenciar o poder feminino à sua maneira.




Ya Devi Sarva Bhutesu Maa rupena samsthita 
Ya Devi Sarva Bhutesu Shakti rupena samsthita 
Ya Devi Sarva Bhutesu Buddhi rupena samsthita 
Ya Devi Sarva Bhutesu Laxmi rupena samsthita 
                                            

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Picolé de Leite Materno

Mãe diz que os picolés ajudam o bebê a aliviar incômodo dos dentes.

Nutricionista diz que, mesmo congelado, leite materno mantém propriedades.

Para fazer o picolé, Ariane coloca 50 ml de leite em cada forminha (Foto: Tatiane Queiroz/ G1 MS)Para fazer o picolé, Ariane coloca 50 ml de leite em
cada forminha (Foto: Tatiane Queiroz/ G1 MS)
A administradora  Ariane Osshiro, de 27 anos, resolveu inovar na alimentação do filho de oito meses e criou uma receita diferente: ela faz picolés de leite materno. A mãe mora em Campo Grande e contou ao G1 que a ideia ajudou o bebê a sentir menos calor e a driblar o incômodo por causa dos dentinhos que começaram a nascer.
O filho de oito meses, Pedro Osshiro, aprovou a ideia da mãe. “Ele adorou o picolé. Às vezes chupa até dois por dia”.
“Em Campo Grande as temperaturas são altas na maior parte do ano e o calor deixava meu bebê bem irritado. Por isso tive a ideia de fazer o picolé”, contou a mãe.
Para fazer cada picolé, a mãe coloca cerca de 50 mililitros de leite em uma forminha caseira já higienizada e depois coloca no congelador. Para tirar o leite do peito ela usa um bomba extratora. “Não dói nada e além disso é rápida e prática”.
Ela explicou que começou a dar o picolé de leite do peito para o filho depois que ele fez seis meses, que é o tempo mínimo de amamentação recomendado pelos pediatras. Ainda segundo a mãe, o bebê chupa o picolé apenas no período da tarde, entre as mamadas. “É como se fosse um lanchinho nutritivo”, brincou Ariane.
A especialista Paula Serafin, que é enfermeira e doutoranda em estudos sobre leite humano, afirmou que gostou da ideia. “Ela criou uma maneira divertida de alimentar o bebê sem deixar de dar o leite do peito que é muito importante para garantir a saúde dele”.
A nutricionista Elisabete Kamiya, que trabalha no banco de leite do Hospital Universitário em Campo Grande, explicou que o leite materno congelado  continua com a mesmas propriedades do leite em estado natural. “O leite materno contém carboidratos como lactose e oligossacarídeos, além de gordura, proteínas e vitaminas", informou a nutricionista.
No entanto, Kamiya aconselha as mães a consultarem o pediatra antes de mudar a alimentação do bebê.
picolé leite materno (Foto: Tatiane Queiroz/ G1 MS)Pedro, de oito meses, aprovou a ideia da mãe (Foto: Tatiane Queiroz/ G1 MS)POR TATIANE QUEIROZ DO G1/MSFONTE: http://g1.globo.com/mato-grosso-do-sul/noticia/2011/09/em-ms-mae-usa-picoles-de-leite-materno-para-amenizar-calor-de-bebe.html

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

CUIDADOS AYURVÉDICOS PÓS PARTO MAMÃE&BEBÊ



Durante a gestação, de forma perfeita, um novo ser se desenvolve dentro de nós. O útero aumenta 20 vezes seu tamanho normal e faz um lar aconchegante para o bebê. Depois do parto, aquele espaço que outrora era ocupado pelo bebê fica vazio e passa a ser ocupado pelo ar.

Na Ayurveda, o ar corpóreo é chamado de Vata. Vata é a bioenergia responsável por todos os movimentos do nosso corpo, mas quando em excesso gera inúmeras complicações funcionais tais como: constipação, gases, ansiedade, agitação, insegurança, insônia, desnutrição, má absorção, envelhecimento, frio excessivo, secura, entre outras.
Durante o pós-parto, essa energia tende a se acumular tanto pelo espaço uterino ter sido ocupado pelo ar, como pela falta de sono devido à amamentação noturna, preocupações com o novo bebê, mudança na rotina, mudanças no corpo e todas as funções que a mãe tem que adaptar a sua nova vida. "A mãe é parida junto com seu filho".

Com todas estas transformações, o AGNI, nosso poder digestivo fisiológico/mental também tende ao desequilíbrio e conseqüentemente poderá resultar em biotoxinas indesejáveis.
Então, alguns cuidados devem ser tomados para que a depressão pós parto e outras complicações passem longe das mamães.

Cuidados com a mãe

Uma dieta leve como sopas, kichadi, ou arroz e vegetais com especiarias são mais indicados, assim como chás em geral são muito bons para terminar de limpar o organismo. Evite comer e beber coisas geladas, alimentos gordurosas, alimentos crus e pesados antes de sentir que sua digestão e eliminação estão adequados. Depois de regularizada a digestão, procure comer alimentos puros, frescos, nutritivos e que estejam de acordo com a sua constituição.


Respeite o poder de recuperação natural de seu corpo e evite atividades físicas e mentais extenuantes, sexo, exposição ao vento, frio ou chuva... principalmente durante a quarentena. Nesse período, toda sua energia deve se voltar para a AMAMENTAÇÃO.

Por tanto, quando seu bebê dormir durante o dia, aproveite para descansar um pouquinho junto a ele, até que seu corpo se acostume com as mamadas noturnas e o sono interrompido (de acordo com Ayurveda, essa é uma das únicas indicações para dormir durante o dia).


Para as mamães que tiveram parto normal é indicado que façam a higiene vaginal com água ou chá de malva - que é antinflamatória, ao invés de usar papel higiênico. Depois secar com um paninho de algodão e então aplicar óleo de copaíba suavemente com os dedos - que é um ótimo cicatrizante.
Faça semanalmente massagem com óleo morno de gergelim (abhyanga), para acalmar Vata Dosha no seu organismo.

Para eventuais rachaduras nos seios pingar 4 gotas de óleo essencial de rosa + 2 gotas de óleo essencial de limão em duas colheres de sopa de óleo vegetal. Massagear a área afetada e limpar com um algodão com água morna antes de o bebê mamar.

Cuidados com o bebê
Amamentar é o bem maior que você pode dar a seu bebê. Durante o processo, sente em um local confortável, apoie seu braço em uma almofada e deixe tudo o que eventualmente for precisar bem perto de você(copo de água, celular, paninho, concha coletora, etc) para não interromper esse momento especial. Troque caricias, olhares e palavras...esteja inteira de corpo e alma para seu  bebê.


Massageie diariamente o bebê com óleo morno de gergelim e depois dê um banho bem gostoso pingando algumas gotinhas de óleo essencial de lavanda na banheira.

Dê muito colo e utilize o wrap sling ou outro carregador de bebês para que ele retome aquela gostosa sensação intra-uterina.

Para fazer a higiene no bebê, evite utilizar baby wipes ou aqueles paninhos umedecidos,  bem como aquelas pomadas e cremes contra assadura, pois esse produtos levam muita química. Utilize um algodão com água morna, seque com paninho e aplique óleo de gergelim puro ou medicado com calêndula ou camomila. Para limpar o coto umbilical passar um cotonete emebido em álcool 70%.

Se o bebê apresentar gases, faça uma suave massagem abdominal com óleo morno de gergelim no sentido horário e depois movimente os joelhinhos até o umbigo fazendo uma leve pressão no abdome. Em seguida banho de balde.

Obs: Os óleos vegetais sempre devem ser aqueles extra virgens e prensados a frio. Nota para o óleo de gergelim que não pode ser aquele óleo de gergelim torrado.

...Espero que essas dicas ajudem em um maternar pleno, cheio de saúde e disposição!
Harih Om






terça-feira, 23 de agosto de 2011

A relação entre Maternidade e Sexualidade



Prepare-se para quebrar o paradigma que parir é sofrer!!!
Kalu Brum tem 29 anos e é mãe de Miguel, nascido há dois de forma natural. Ninguém melhor do que ela para descrever o parto: “Lembro da sensação quente, do escorregar daquele pequeno corpo pelas minhas entranhas. Eu estava ali, nua, fêmea, selvagem, desfrutando do prazer mais intenso que já vivi. Um longo orgasmo selou sua passagem para esta vida, quebrando com o paradigma de que nascer é sofrer”.
Gozar no parto, como assim? Qualquer menina com mais de 15 anos sabe a resposta sobre “a pior dor que existe”: “A do parto, claro!”. Mas, para as mulheres que passaram por uma experiência de parto natural, há uma opinião unânime: é possível sentir as contrações com prazer. Isso porque a mulher, assim como cada fêmea do reino animal, possui um sistema reprodutivo perfeitamente organizado para a manutenção da espécie, garantindo que gestar e parir sejam experiências seguras – e até prazerosas. Num parto normal, livre de intervenções médicas, o organismo se encarrega de produzir os próprios analgésicos. Tudo bem, isso você já sabe, já viu no Discovery Home and Health, já leu no blog de uma amiga natureba. Provavelmente, porém, você desconhece mulheres que relatam verdadeiros orgasmos durante o parto. “É lógico que a mulher pode ter uma experiência prazerosa e estimulante ao parir. Nem todo parto resulta num orgasmo, mas se tudo ocorrer de forma equilibrada, e a mulher não fizer uso de analgesia, é perfeitamente possível que ela tenha um momento de grande prazer, principalmente na hora da expulsão do bebê”, afirma Carlos Czeresnia, ginecologista obstetra que acompanha partos há 35 anos e que, entre outras coisas, foi chefe do setor de ginecologia do Pronto Socorro do Hospital das Clínicas/FMUSP e é especialista em reprodução humana. “Os movimentos de distensão e contração do períneo no momento em que o bebê vai sair são muito semelhantes à sensação do orgasmo. E o cérebro interpreta esses estímulos neurais com respostas de prazer. O parto e o orgasmo percorrem o mesmo caminho neurológico”, completa.


Jato de prazer
O assunto, tratado como tabu por muito tempo, tem vindo à tona em conversas de recém-mães. E também por causa de um documentário que rodou os festivais de cinema do mundo, o Orgasmic Birth (veja box). “O parto é um ato fisiológico e não cirúrgico. Durante o trabalho de parto, o principal hormônio produzido, responsável pelas contrações do útero, é a ocitocina, liberada em situa ções de prazer. Esse hormônio é produzido em jato, por exemplo, durante o orgasmo feminino e também na amamentação”, esclarece. Adaílton Salvatore, ginecologista obstetra, especialista em homeopatia e acupuntura. Com mais de 1.600 partos no currículo – 65% deles normais – e passagens por maternidades na França, na Alemanha e na Inglaterra, o médico explica que, durante o trabalho de parto, muitas glândulas funcionam ao mesmo tempo e são muitos os hormônios atuantes. Entre eles, estão os opioides endógenos, cuja molécula, semelhante à do ópio, provoca um estado de euforia, alegria, leveza. “Nesse contexto, o parto pode ser visto como um rito de passagem.”

Respira e goza

Para sentir prazer no parto, a mulher não pode ter medo. A sensação de perigo alerta o cérebro, que acaba por produzir mais adrenalina – inibidora da ocitocina –, deixando corpo e mente sob estresse. Mas medidas simples podem ser tomadas para que tudo aconteça de forma equilibrada, permitindo que o sistema límbico, parte mais primitiva do cérebro, produza as substâncias necessárias a essa orquestração hormonal. “Um parto próximo do ideal é aquele em que a mulher pode esquecer a razão, se desligar do funcionamento racional do cérebro, representado pelo neocórtex”, explica a psicanalista Vera Iaconelli, do Instituto Sedes Sapientiae. “A mulher tem direito a relaxar, a não ser interrompida, a ficar em contato com o seu corpo. O trabalho de parto implica um funcionamento muito primitivo, que ocorre em situações excepcionais, como durante o sexo”, compara.
Geralmente expostas a ambientes com luz forte, barulhos, gente entrando e saindo, as parturientes não conseguem relaxar: “Não dá para ter prazer no parto com medo, assim como não dá para ter prazer no sexo se estiver amedrontada. Para ter prazer sexual você precisa de intimidade. Só assim é possível desligar o neocórtex. Sob pressão, ninguém tem prazer”, ressalta Ana Cristina Duarte, doula (profissional que garante o bem-estar da mulher durante o parto) e parteira formada no ano passado na primeira turma do curso superior de obstetrícia da USP, rea berto em 2005 após 33 anos de extinção.
Sheila Ribeiro, quando pariu sua segunda filha, estava no lugar mais íntimo do mundo, sua casa. Ela já tinha sentido um orgasmo durante a expulsão da primogênita, Thalita. Mas a dilatação ocorreu de maneira tão rápida e indolor no segundo parto que Naiara nasceu de repente, desassistida por médicos e enfermeiras. “De cócoras, tive o maior orgasmo da minha vida, com aquela sensação que partiu da vagina e percorreu meu corpo inteiro, da ponta do dedão ao último fio de cabelo”, confessa. A advogada, hoje com 49 anos, atribui a “maravilhosa experiência” ao seu estilo de vida saudável, à prática de exercícios, ao tratamento homeopático. Sua teoria encontra respaldo na maneira como pensa – e trata as pacientes – o doutor Adaílton. Para ele, o primitivo está completamente esquecido hoje, afinal, vivemos na era da razão. “Pensamos: ‘Para que caminhar, se posso ficar em casa e produzir algo?’. A atividade física perdeu para a intelectual. Nesse clima competitivo, a mulher vive sob adrenalina, fabricando mais testosterona”, afirma o médico, que argumenta que o sistema imunológico de muitas mulheres está desvitalizado. Atribui isso ao estilo de vida da maioria da população, que come alimentos refinados, pobres em oligoelementos (microminerais fundamentais para a formação de enzimas vitais). “Tudo isso altera nossa fisiologia. O trabalho de parto é uma maratona, o organismo precisa estar bem. Ouça os gritos de uma mulher durante o parto: são guturais. Urros instintivos que emergem da parte mais primitiva de seu cérebro.”
Armadilha

Debra Pascali-Bonaro, doula há 26 anos, mãe de três filhos de parto natural, conhece essa história: “O parto possibilita uma nova perspectiva de si mesma. As mulheres que têm um parto prazeroso sentem-se confiantes, conscientes de seus poderes. Temos que questionar o sistema que medicalizou o parto, pois muitas mulheres perdem a oportunidade, profundamente transformadora, que pode ser dar à luz”, diz a americana, autora do documentário Orgasmic Birth.
Assim como Debra, as 15 mulheres ouvidas para esta reportagem concordam que, muitas vezes, os esquemas dos médicos acabam impedindo que a mulher experimente esse prazer. Ao mesmo tempo, elas constatam que isso também pode virar uma armadilha. Além de “ter que” ser linda, superprofissional, boa mãe, ter parto normal, só faltava a mulher “ter que” sentir prazer ao parir: “A ideia é resgatar a naturalidade do parto e, assim, também a sexualidade inerente a ele. Mas idealizá-lo pode gerar frustração”, destaca Vera, seguida por Ana Cris, a doula: “É perigoso colocar o orgasmo como um objetivo”. Entenda-se: para permitir que o menor diâmetro da cabeça se molde para atravessar a pelve materna, o bebê costuma se virar em algum momento. “Ao passar pelo canal de parto (vagina), ele apoia a parte de trás da cabeça, o cocuruto, bem onde está o clitóris, para fazer um movimento rotativo e poder sair. Esse apoio se dá em uma região repleta de receptores de prazer. Além disso, a cabeça do bebê funciona como um rolo compressor, relaxando e tonificando os músculos da pelve”, explica o doutor Adaílton.
Professora da técnica corporal Alexander, Ana Thomaz, 42 anos, gargalhava durante as contrações: “Eu não acreditava que estava tendo um parto orgásmico! Já tinha ouvido falar nisso, mas não nutri nenhuma expectativa nesse sentido”, conta. Talvez tenha sido justamente essa falta de expectativa que a tenha levado a um parto prazeroso. “A gestante precisa buscar informações além dos consultórios. Muitos médicos desestimulam o desejo de um parto normal, então é melhor encontrar um profissional que abra o maior leque de possibilidades”, aconselha a psicanalista Vera.
Tão imprevisível quanto o prazer ao amamentar, capítulo seguinte ao parto, quando muitas mulheres se assustam ou se envergonham da sensação prazerosa que têm ao dar de mamar. “Por que a natureza colocou receptores de prazer no mamilo? A mama é para o filhote e a mulher deve, sim, sentir prazer. Todos esses hormônios que ela produz, a endorfina, a ocitocina, vão para o leite do bebê”, afirma Ana Cris, antes de concluir: “Mas a amamentação é politicamente correta, cena plácida, que recebe campanhas de incentivo. Mas prazer no parto? Como assim, é louca?”.


SEGREDO BEM GUARDADO
Após trabalhar por mais de duas décadas assistindo partos, a doula e educadora perinatal Debra Pascali-Bonaro percebeu que a mídia norte-americana tratava o nascimento como uma questão de emergência médica. “Por que ninguém falava sobre a natureza sensual do parto, do êxtase que ele pode proporcionar?” Começou, então, a falar do assunto para pequenos grupos de gestantes. Mas não estava satisfeita, queria contar para um grande número de pessoas. E foi dormindo que Debra teve o insight. “Tive um sonho com o filme e, quando acordei, tinha encontrado a fórmula!” Ao registrar o aspecto sexual do nascimento através da história de 11 casais que optaram pelo parto normal, o filme, intitulado Orgasmic Birth, causou comoção no circuito mundial de festivais quando foi lançado, em 2007. Foi exibido, inclusive, durante o Festival do Rio 2008. “Já rodou em 31 países. Não tinha ideia de que este seria um assunto de tanto interesse no mundo todo”, diz Debra. “Acho fundamental que os casais grávidos ouçam histórias de quem teve um parto prazeroso. Ao assistir ao filme, uma nova perspectiva se abre a quem espera uma criança. Brinco que o documentário revela um segredo bem guardado. Afinal, se a mulher não conhece suas opções, então ela não tem nenhuma.” Vai lá: www.orgasmicbirth.com


“SENTIA QUE TINHA VIRADO BICHO”
POR DANIELA BUONO*
“Passei dias trabalhando na edição de um vídeo que quase me enlouqueceu. No dia da entrega, fui ao banheiro e, de repente, chuáááá: ‘Caraca, a bolsa estourou!’. Fiquei aflita e chamei o editor. ‘Fala sério, Dani! Não tenho a menor ideia do que fazer numa hora dessas.’ Nem eu tinha. Fiquei lá mais um pouco, sentada, retomando as lições aprendidas nos últimos meses. Estava com 36 semanas e três dias, o que significava que minha bebê ainda estava prematura. O que seria do meu sonho de ter um parto natural? ‘80% a 90% de chance de ser um parto normal’, disse o médico. ‘Mas precisamos que você entre em TP (trabalho de parto) nas próximas 24horas’, completou. Flávio me pegou e fomos para a maternidade. Tomei um banho e me sentia tão feliz... Parecia que estava me preparando para casar. Tinha certeza de que daria tudo certo!
A doula me aconselhou a relaxar porque a adrenalina podia atrapalhar a ação da ocitocina, o hormônio que eu precisava produzir para começar o TP. As contrações já estavam fortes, mas suportáveis. Senti um imenso prazer por perceber que a hora estava chegando. Sentia dor, mas também prazer e muita emoção. A cada contração, uma força maior me atravessava. E essa força ia, pouco a pouco, me conectando a todas as minhas ancestrais, como se elas estivessem me contando um segredo. Procurava toda hora os olhos do Flávio, como se precisasse passar um pouco daquela energia pra ele.
Aí a dor aumentou muito e eu já não achava posição. Os gemidos aumentaram, eu estava começando a temer aquela dor. Parecia mais forte do que eu. Fui para o chuveiro e algo sobrenatural aconteceu: sentia que tinha virado bicho. Não havia mais razão, eu era puro instinto! Estava concentradíssima em me deixar abrir para o neném passar. Finalmente, dilatação total. Numa determinada contração, senti o tal anel de fogo, a bebê passando pela vagina. Fiz o dobro de força. Dei um grito e senti um enorme alívio: passou cabeça e corpo de uma vez. ‘Nasceu, Dâ! Nasceu a Maria Clara, meu amor!’, disse o Flávio, superemocionado. Na hora em que ela saiu, ele começou a gemer de êxtase...”

* Daniela Buono
, 35 anos, é jornalista, roteirista e diretora de vídeo.
Além de Maria Clara, de 4 anos, é mãe de Bebel, de 1.


Texto por Fernanda Danelon Fotos Roberta Dabdab Ilustração Milena Galli e Rafaela Ranzani

Bazar Coisas de Mãe

Muito se fala a respeito da gestação e do parto, porém um etapa muito importante se segue depois do nascimento. Como estruturar a vida social, profissional e pessoal para amamentar, educar, acompanhar e apoiar todo o desenvolvimento físico e psíquico da criança? A licença maternidade varia de 4 a 6 meses dependendo do lugar, mas nós mamães sabemos que esse tempo é insuficiente e injusto!! 


Mas ao invés de se fazerem de vítimas, ELAS têm dado a volta por cima! 
Como? Abandonando seus empregos e re-CRIANDO sua realidade para ficar mais próximas de seus filhos. 
Aqui fica a dica:


"Você já conhece o Bazar Coisas de Mãe? É uma iniciativa que agrega mulheres profissionais que direcionaram as carreiras após o nascimento dos filhos. Elas trabalham na companhia deles e optaram por isso para que pudessem cuidar das crianças e não se separar delas em idade tão precoce.  São mulheres conectadas pelos princípios do respeito ao parto e nascimento e da maternidade consciente. Elas defendem a importância do parto natural, da amamentação exclusiva até os 6 meses e prolongada - como orienta a Organização Mundial de Saúde - e um modo de maternar amoroso, conectado, intuitivo, ativo e consciente. Conheça essa iniciativa visitando o blog do Bazar: www.bazarcoisasdemae.blogspot.com"



segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Mudando o mundo através da Alimentação Ayurvédica parte III - Equilibrando seu Metabolismo



Ayurveda tem um ponto de vista muito diferente em relação ao ser humano e aos alimentos, e para utilizar esse sistema, não precisamos necessariamente descartar nenhum de nossos conhecimentos. Mas sim, precisamos ampliar nossa visão e ir além do atual modelo de nutrição biomecânica.

Primeiramente, devemos parar de querer categorizar os alimentos entre si e ao invés disso, olhar antes para a pessoa que vai comê-lo. Para Ayurveda, o metabolismo da pessoa é muito mais importante do que os nutrientes contidos no alimento. A lógica disto repousa no fato de que não adianta nada o alimento ser super nutritivo se a pessoa que vai ingeri-lo não consegue assimilar esses "super nutrientes".

Quando o indivíduo for se alimentar ele deve trocar a frase: "vou comer brócolis por que tem o nutriente X" por "o que devo comer para manter meu metabolismo equilibrado?"Para isso um conhecimento do seu metabolismo é necessário - isto é empoderamento, isto é auto-conhecimento!

Mas, o que é o metabolismo?

Metabolismo, de maneira simplista, é a capacidade que seu organismo tem de transformar "coisas que não eram suas em coisas suas". Como por exemplo, quando você vai comer pão; o pão não faz parte de você, mas depois de ingeri-lo este pão vai ser digerido e ajudará na formação das suas próprias células.

O metabolismo chama-se Agni dentro da linguagem ayurvédica. Agni é o fogo digestivo responsável pela digestão –tanto dos alimentos quanto dos pensamentos e emoções. É por isso que quando estamos deprimidos, ansiosos ou agitados nosso apetite se comporta de acordo – não comendo; comendo em excesso; ou comendo na quantidade adequada, mas com a digestão deficiente.

Quando o Agni tem alguma deficiência, os alimentos que comemos ficam parcialmente digeridos e formam biotoxinas (ama na linguagem ayurvédica). Esses vão se acumulando pelo corpo, bloqueando canais e membranas, confundindo as células e modificando a ações importantes dentro do corpo. Então começam a dar pequenos problemas que podem se tornar grandes doenças se não tratados a tempo.

Os sinais e sintomas de um mau Agni são: falta de apetite ou apetite extremamente intenso, gases, eructação, empachamento, náusea, constipação, azia, sonolência exacerbada, mau cheiro, mau hálito, presença de alimentos inteiros nas fezes e cobertura esbranquiçada ou amarelada na língua. Da mesma forma que isso indica sinais de uma digestão deficiente também indica presença de algum grau de biotoxinas pelo corpo. 

Por outro lado, a presença da fome verdadeira (aquela que dá uma sensação de estômago vazio, fraqueza e algumas vezes irritabilidade), boa vitalidade, energia, disposição, boa digestão (em todos os níveis) e temperatura corporal equilibrada - são sinais de um bom Agni.

Como foi dito anteriormente, apesar de todos nós possuirmos um metabolismo, este varia radicalmente de pessoa para pessoa. Por isto a nutrição é constitucional e não geral!

Então, qual é meu tipo de metabolismo?

Existem 7 tipos de metabolismo: Vata, Pitta, Kapha, Vata-Kapha, Vata-Pitta, Pitta-Kapha e Vata-Pitta-kapha. O Agni tente a ser intenso nas pessoas Pitta; variável nas pessoas Vata, e fraco nas pessoas Kapha. Quando esses metabolismos se combinam, a pessoa pode apresentar características de ambos, dependendo da estação do ano ou do desequilíbrio. Para descobrir de maneira mais específica qual o seu metabolismo, procure um terapeuta ayurvédico. Aqui apresento algumas dicas gerais pois se aplicam aos três:

NÃO
-coma sem fome
-coma sem que a refeição anterior tenha sido digerida
-tome banho depois  das refeições 
-durma após as refeições 
-beba liquido em excesso junto com as refeições
-coma com emoções fortes
-coma em frente a TV, em pé, andando, lendo, falando ao telefone, ou fazendo coisas que lhe tirem atenção
-use microondas, panelas de alumínio, utensílios de plástico
-consuma alimentos: fritos, processados, refinados, embutidos, congelados, enlatados, industrializados, pasteurizados, prontos, desnatados, com 0% de gordura, light, diet, sem glúten e que duram muito tempo
-deixar o alimento por mais de dois dias na geladeira

SIM
-silencie alguns minutos antes de comer e agradeça o alimento
-mastigue bem e preste atenção no alimento
-quando possível, faça uma pequena caminhada apos as refeições para ajudar a digestão
-uma pequena quantidade de água morna durante a refeição ajuda na digestão e na absorção
-coma no mínimo 2 horas antes de ir dormir
-utilize panelas de barro, ferro, inox e utensílios de vidro, madeira, inox ou bamboo
-consuma alimentos integrais, orgânicos, frescos, naturais, locais, sazonais e coloridos

Nota: Para manter seu metabolismo saudável alguns outros fatores devem ser considerados como: exercício físico, rotina diária, rotina anual, trabalho, ervas medicinais, tipo de alimento e etc. Essas são dicas alimentares gerais para melhorar e equilibrar sua capacidade digestiva. Experimente!!!!









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