terça-feira, 23 de agosto de 2011

A relação entre Maternidade e Sexualidade



Prepare-se para quebrar o paradigma que parir é sofrer!!!
Kalu Brum tem 29 anos e é mãe de Miguel, nascido há dois de forma natural. Ninguém melhor do que ela para descrever o parto: “Lembro da sensação quente, do escorregar daquele pequeno corpo pelas minhas entranhas. Eu estava ali, nua, fêmea, selvagem, desfrutando do prazer mais intenso que já vivi. Um longo orgasmo selou sua passagem para esta vida, quebrando com o paradigma de que nascer é sofrer”.
Gozar no parto, como assim? Qualquer menina com mais de 15 anos sabe a resposta sobre “a pior dor que existe”: “A do parto, claro!”. Mas, para as mulheres que passaram por uma experiência de parto natural, há uma opinião unânime: é possível sentir as contrações com prazer. Isso porque a mulher, assim como cada fêmea do reino animal, possui um sistema reprodutivo perfeitamente organizado para a manutenção da espécie, garantindo que gestar e parir sejam experiências seguras – e até prazerosas. Num parto normal, livre de intervenções médicas, o organismo se encarrega de produzir os próprios analgésicos. Tudo bem, isso você já sabe, já viu no Discovery Home and Health, já leu no blog de uma amiga natureba. Provavelmente, porém, você desconhece mulheres que relatam verdadeiros orgasmos durante o parto. “É lógico que a mulher pode ter uma experiência prazerosa e estimulante ao parir. Nem todo parto resulta num orgasmo, mas se tudo ocorrer de forma equilibrada, e a mulher não fizer uso de analgesia, é perfeitamente possível que ela tenha um momento de grande prazer, principalmente na hora da expulsão do bebê”, afirma Carlos Czeresnia, ginecologista obstetra que acompanha partos há 35 anos e que, entre outras coisas, foi chefe do setor de ginecologia do Pronto Socorro do Hospital das Clínicas/FMUSP e é especialista em reprodução humana. “Os movimentos de distensão e contração do períneo no momento em que o bebê vai sair são muito semelhantes à sensação do orgasmo. E o cérebro interpreta esses estímulos neurais com respostas de prazer. O parto e o orgasmo percorrem o mesmo caminho neurológico”, completa.


Jato de prazer
O assunto, tratado como tabu por muito tempo, tem vindo à tona em conversas de recém-mães. E também por causa de um documentário que rodou os festivais de cinema do mundo, o Orgasmic Birth (veja box). “O parto é um ato fisiológico e não cirúrgico. Durante o trabalho de parto, o principal hormônio produzido, responsável pelas contrações do útero, é a ocitocina, liberada em situa ções de prazer. Esse hormônio é produzido em jato, por exemplo, durante o orgasmo feminino e também na amamentação”, esclarece. Adaílton Salvatore, ginecologista obstetra, especialista em homeopatia e acupuntura. Com mais de 1.600 partos no currículo – 65% deles normais – e passagens por maternidades na França, na Alemanha e na Inglaterra, o médico explica que, durante o trabalho de parto, muitas glândulas funcionam ao mesmo tempo e são muitos os hormônios atuantes. Entre eles, estão os opioides endógenos, cuja molécula, semelhante à do ópio, provoca um estado de euforia, alegria, leveza. “Nesse contexto, o parto pode ser visto como um rito de passagem.”

Respira e goza

Para sentir prazer no parto, a mulher não pode ter medo. A sensação de perigo alerta o cérebro, que acaba por produzir mais adrenalina – inibidora da ocitocina –, deixando corpo e mente sob estresse. Mas medidas simples podem ser tomadas para que tudo aconteça de forma equilibrada, permitindo que o sistema límbico, parte mais primitiva do cérebro, produza as substâncias necessárias a essa orquestração hormonal. “Um parto próximo do ideal é aquele em que a mulher pode esquecer a razão, se desligar do funcionamento racional do cérebro, representado pelo neocórtex”, explica a psicanalista Vera Iaconelli, do Instituto Sedes Sapientiae. “A mulher tem direito a relaxar, a não ser interrompida, a ficar em contato com o seu corpo. O trabalho de parto implica um funcionamento muito primitivo, que ocorre em situações excepcionais, como durante o sexo”, compara.
Geralmente expostas a ambientes com luz forte, barulhos, gente entrando e saindo, as parturientes não conseguem relaxar: “Não dá para ter prazer no parto com medo, assim como não dá para ter prazer no sexo se estiver amedrontada. Para ter prazer sexual você precisa de intimidade. Só assim é possível desligar o neocórtex. Sob pressão, ninguém tem prazer”, ressalta Ana Cristina Duarte, doula (profissional que garante o bem-estar da mulher durante o parto) e parteira formada no ano passado na primeira turma do curso superior de obstetrícia da USP, rea berto em 2005 após 33 anos de extinção.
Sheila Ribeiro, quando pariu sua segunda filha, estava no lugar mais íntimo do mundo, sua casa. Ela já tinha sentido um orgasmo durante a expulsão da primogênita, Thalita. Mas a dilatação ocorreu de maneira tão rápida e indolor no segundo parto que Naiara nasceu de repente, desassistida por médicos e enfermeiras. “De cócoras, tive o maior orgasmo da minha vida, com aquela sensação que partiu da vagina e percorreu meu corpo inteiro, da ponta do dedão ao último fio de cabelo”, confessa. A advogada, hoje com 49 anos, atribui a “maravilhosa experiência” ao seu estilo de vida saudável, à prática de exercícios, ao tratamento homeopático. Sua teoria encontra respaldo na maneira como pensa – e trata as pacientes – o doutor Adaílton. Para ele, o primitivo está completamente esquecido hoje, afinal, vivemos na era da razão. “Pensamos: ‘Para que caminhar, se posso ficar em casa e produzir algo?’. A atividade física perdeu para a intelectual. Nesse clima competitivo, a mulher vive sob adrenalina, fabricando mais testosterona”, afirma o médico, que argumenta que o sistema imunológico de muitas mulheres está desvitalizado. Atribui isso ao estilo de vida da maioria da população, que come alimentos refinados, pobres em oligoelementos (microminerais fundamentais para a formação de enzimas vitais). “Tudo isso altera nossa fisiologia. O trabalho de parto é uma maratona, o organismo precisa estar bem. Ouça os gritos de uma mulher durante o parto: são guturais. Urros instintivos que emergem da parte mais primitiva de seu cérebro.”
Armadilha

Debra Pascali-Bonaro, doula há 26 anos, mãe de três filhos de parto natural, conhece essa história: “O parto possibilita uma nova perspectiva de si mesma. As mulheres que têm um parto prazeroso sentem-se confiantes, conscientes de seus poderes. Temos que questionar o sistema que medicalizou o parto, pois muitas mulheres perdem a oportunidade, profundamente transformadora, que pode ser dar à luz”, diz a americana, autora do documentário Orgasmic Birth.
Assim como Debra, as 15 mulheres ouvidas para esta reportagem concordam que, muitas vezes, os esquemas dos médicos acabam impedindo que a mulher experimente esse prazer. Ao mesmo tempo, elas constatam que isso também pode virar uma armadilha. Além de “ter que” ser linda, superprofissional, boa mãe, ter parto normal, só faltava a mulher “ter que” sentir prazer ao parir: “A ideia é resgatar a naturalidade do parto e, assim, também a sexualidade inerente a ele. Mas idealizá-lo pode gerar frustração”, destaca Vera, seguida por Ana Cris, a doula: “É perigoso colocar o orgasmo como um objetivo”. Entenda-se: para permitir que o menor diâmetro da cabeça se molde para atravessar a pelve materna, o bebê costuma se virar em algum momento. “Ao passar pelo canal de parto (vagina), ele apoia a parte de trás da cabeça, o cocuruto, bem onde está o clitóris, para fazer um movimento rotativo e poder sair. Esse apoio se dá em uma região repleta de receptores de prazer. Além disso, a cabeça do bebê funciona como um rolo compressor, relaxando e tonificando os músculos da pelve”, explica o doutor Adaílton.
Professora da técnica corporal Alexander, Ana Thomaz, 42 anos, gargalhava durante as contrações: “Eu não acreditava que estava tendo um parto orgásmico! Já tinha ouvido falar nisso, mas não nutri nenhuma expectativa nesse sentido”, conta. Talvez tenha sido justamente essa falta de expectativa que a tenha levado a um parto prazeroso. “A gestante precisa buscar informações além dos consultórios. Muitos médicos desestimulam o desejo de um parto normal, então é melhor encontrar um profissional que abra o maior leque de possibilidades”, aconselha a psicanalista Vera.
Tão imprevisível quanto o prazer ao amamentar, capítulo seguinte ao parto, quando muitas mulheres se assustam ou se envergonham da sensação prazerosa que têm ao dar de mamar. “Por que a natureza colocou receptores de prazer no mamilo? A mama é para o filhote e a mulher deve, sim, sentir prazer. Todos esses hormônios que ela produz, a endorfina, a ocitocina, vão para o leite do bebê”, afirma Ana Cris, antes de concluir: “Mas a amamentação é politicamente correta, cena plácida, que recebe campanhas de incentivo. Mas prazer no parto? Como assim, é louca?”.


SEGREDO BEM GUARDADO
Após trabalhar por mais de duas décadas assistindo partos, a doula e educadora perinatal Debra Pascali-Bonaro percebeu que a mídia norte-americana tratava o nascimento como uma questão de emergência médica. “Por que ninguém falava sobre a natureza sensual do parto, do êxtase que ele pode proporcionar?” Começou, então, a falar do assunto para pequenos grupos de gestantes. Mas não estava satisfeita, queria contar para um grande número de pessoas. E foi dormindo que Debra teve o insight. “Tive um sonho com o filme e, quando acordei, tinha encontrado a fórmula!” Ao registrar o aspecto sexual do nascimento através da história de 11 casais que optaram pelo parto normal, o filme, intitulado Orgasmic Birth, causou comoção no circuito mundial de festivais quando foi lançado, em 2007. Foi exibido, inclusive, durante o Festival do Rio 2008. “Já rodou em 31 países. Não tinha ideia de que este seria um assunto de tanto interesse no mundo todo”, diz Debra. “Acho fundamental que os casais grávidos ouçam histórias de quem teve um parto prazeroso. Ao assistir ao filme, uma nova perspectiva se abre a quem espera uma criança. Brinco que o documentário revela um segredo bem guardado. Afinal, se a mulher não conhece suas opções, então ela não tem nenhuma.” Vai lá: www.orgasmicbirth.com


“SENTIA QUE TINHA VIRADO BICHO”
POR DANIELA BUONO*
“Passei dias trabalhando na edição de um vídeo que quase me enlouqueceu. No dia da entrega, fui ao banheiro e, de repente, chuáááá: ‘Caraca, a bolsa estourou!’. Fiquei aflita e chamei o editor. ‘Fala sério, Dani! Não tenho a menor ideia do que fazer numa hora dessas.’ Nem eu tinha. Fiquei lá mais um pouco, sentada, retomando as lições aprendidas nos últimos meses. Estava com 36 semanas e três dias, o que significava que minha bebê ainda estava prematura. O que seria do meu sonho de ter um parto natural? ‘80% a 90% de chance de ser um parto normal’, disse o médico. ‘Mas precisamos que você entre em TP (trabalho de parto) nas próximas 24horas’, completou. Flávio me pegou e fomos para a maternidade. Tomei um banho e me sentia tão feliz... Parecia que estava me preparando para casar. Tinha certeza de que daria tudo certo!
A doula me aconselhou a relaxar porque a adrenalina podia atrapalhar a ação da ocitocina, o hormônio que eu precisava produzir para começar o TP. As contrações já estavam fortes, mas suportáveis. Senti um imenso prazer por perceber que a hora estava chegando. Sentia dor, mas também prazer e muita emoção. A cada contração, uma força maior me atravessava. E essa força ia, pouco a pouco, me conectando a todas as minhas ancestrais, como se elas estivessem me contando um segredo. Procurava toda hora os olhos do Flávio, como se precisasse passar um pouco daquela energia pra ele.
Aí a dor aumentou muito e eu já não achava posição. Os gemidos aumentaram, eu estava começando a temer aquela dor. Parecia mais forte do que eu. Fui para o chuveiro e algo sobrenatural aconteceu: sentia que tinha virado bicho. Não havia mais razão, eu era puro instinto! Estava concentradíssima em me deixar abrir para o neném passar. Finalmente, dilatação total. Numa determinada contração, senti o tal anel de fogo, a bebê passando pela vagina. Fiz o dobro de força. Dei um grito e senti um enorme alívio: passou cabeça e corpo de uma vez. ‘Nasceu, Dâ! Nasceu a Maria Clara, meu amor!’, disse o Flávio, superemocionado. Na hora em que ela saiu, ele começou a gemer de êxtase...”

* Daniela Buono
, 35 anos, é jornalista, roteirista e diretora de vídeo.
Além de Maria Clara, de 4 anos, é mãe de Bebel, de 1.


Texto por Fernanda Danelon Fotos Roberta Dabdab Ilustração Milena Galli e Rafaela Ranzani

Bazar Coisas de Mãe

Muito se fala a respeito da gestação e do parto, porém um etapa muito importante se segue depois do nascimento. Como estruturar a vida social, profissional e pessoal para amamentar, educar, acompanhar e apoiar todo o desenvolvimento físico e psíquico da criança? A licença maternidade varia de 4 a 6 meses dependendo do lugar, mas nós mamães sabemos que esse tempo é insuficiente e injusto!! 


Mas ao invés de se fazerem de vítimas, ELAS têm dado a volta por cima! 
Como? Abandonando seus empregos e re-CRIANDO sua realidade para ficar mais próximas de seus filhos. 
Aqui fica a dica:


"Você já conhece o Bazar Coisas de Mãe? É uma iniciativa que agrega mulheres profissionais que direcionaram as carreiras após o nascimento dos filhos. Elas trabalham na companhia deles e optaram por isso para que pudessem cuidar das crianças e não se separar delas em idade tão precoce.  São mulheres conectadas pelos princípios do respeito ao parto e nascimento e da maternidade consciente. Elas defendem a importância do parto natural, da amamentação exclusiva até os 6 meses e prolongada - como orienta a Organização Mundial de Saúde - e um modo de maternar amoroso, conectado, intuitivo, ativo e consciente. Conheça essa iniciativa visitando o blog do Bazar: www.bazarcoisasdemae.blogspot.com"



segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Mudando o mundo através da Alimentação Ayurvédica parte III - Equilibrando seu Metabolismo



Ayurveda tem um ponto de vista muito diferente em relação ao ser humano e aos alimentos, e para utilizar esse sistema, não precisamos necessariamente descartar nenhum de nossos conhecimentos. Mas sim, precisamos ampliar nossa visão e ir além do atual modelo de nutrição biomecânica.

Primeiramente, devemos parar de querer categorizar os alimentos entre si e ao invés disso, olhar antes para a pessoa que vai comê-lo. Para Ayurveda, o metabolismo da pessoa é muito mais importante do que os nutrientes contidos no alimento. A lógica disto repousa no fato de que não adianta nada o alimento ser super nutritivo se a pessoa que vai ingeri-lo não consegue assimilar esses "super nutrientes".

Quando o indivíduo for se alimentar ele deve trocar a frase: "vou comer brócolis por que tem o nutriente X" por "o que devo comer para manter meu metabolismo equilibrado?"Para isso um conhecimento do seu metabolismo é necessário - isto é empoderamento, isto é auto-conhecimento!

Mas, o que é o metabolismo?

Metabolismo, de maneira simplista, é a capacidade que seu organismo tem de transformar "coisas que não eram suas em coisas suas". Como por exemplo, quando você vai comer pão; o pão não faz parte de você, mas depois de ingeri-lo este pão vai ser digerido e ajudará na formação das suas próprias células.

O metabolismo chama-se Agni dentro da linguagem ayurvédica. Agni é o fogo digestivo responsável pela digestão –tanto dos alimentos quanto dos pensamentos e emoções. É por isso que quando estamos deprimidos, ansiosos ou agitados nosso apetite se comporta de acordo – não comendo; comendo em excesso; ou comendo na quantidade adequada, mas com a digestão deficiente.

Quando o Agni tem alguma deficiência, os alimentos que comemos ficam parcialmente digeridos e formam biotoxinas (ama na linguagem ayurvédica). Esses vão se acumulando pelo corpo, bloqueando canais e membranas, confundindo as células e modificando a ações importantes dentro do corpo. Então começam a dar pequenos problemas que podem se tornar grandes doenças se não tratados a tempo.

Os sinais e sintomas de um mau Agni são: falta de apetite ou apetite extremamente intenso, gases, eructação, empachamento, náusea, constipação, azia, sonolência exacerbada, mau cheiro, mau hálito, presença de alimentos inteiros nas fezes e cobertura esbranquiçada ou amarelada na língua. Da mesma forma que isso indica sinais de uma digestão deficiente também indica presença de algum grau de biotoxinas pelo corpo. 

Por outro lado, a presença da fome verdadeira (aquela que dá uma sensação de estômago vazio, fraqueza e algumas vezes irritabilidade), boa vitalidade, energia, disposição, boa digestão (em todos os níveis) e temperatura corporal equilibrada - são sinais de um bom Agni.

Como foi dito anteriormente, apesar de todos nós possuirmos um metabolismo, este varia radicalmente de pessoa para pessoa. Por isto a nutrição é constitucional e não geral!

Então, qual é meu tipo de metabolismo?

Existem 7 tipos de metabolismo: Vata, Pitta, Kapha, Vata-Kapha, Vata-Pitta, Pitta-Kapha e Vata-Pitta-kapha. O Agni tente a ser intenso nas pessoas Pitta; variável nas pessoas Vata, e fraco nas pessoas Kapha. Quando esses metabolismos se combinam, a pessoa pode apresentar características de ambos, dependendo da estação do ano ou do desequilíbrio. Para descobrir de maneira mais específica qual o seu metabolismo, procure um terapeuta ayurvédico. Aqui apresento algumas dicas gerais pois se aplicam aos três:

NÃO
-coma sem fome
-coma sem que a refeição anterior tenha sido digerida
-tome banho depois  das refeições 
-durma após as refeições 
-beba liquido em excesso junto com as refeições
-coma com emoções fortes
-coma em frente a TV, em pé, andando, lendo, falando ao telefone, ou fazendo coisas que lhe tirem atenção
-use microondas, panelas de alumínio, utensílios de plástico
-consuma alimentos: fritos, processados, refinados, embutidos, congelados, enlatados, industrializados, pasteurizados, prontos, desnatados, com 0% de gordura, light, diet, sem glúten e que duram muito tempo
-deixar o alimento por mais de dois dias na geladeira

SIM
-silencie alguns minutos antes de comer e agradeça o alimento
-mastigue bem e preste atenção no alimento
-quando possível, faça uma pequena caminhada apos as refeições para ajudar a digestão
-uma pequena quantidade de água morna durante a refeição ajuda na digestão e na absorção
-coma no mínimo 2 horas antes de ir dormir
-utilize panelas de barro, ferro, inox e utensílios de vidro, madeira, inox ou bamboo
-consuma alimentos integrais, orgânicos, frescos, naturais, locais, sazonais e coloridos

Nota: Para manter seu metabolismo saudável alguns outros fatores devem ser considerados como: exercício físico, rotina diária, rotina anual, trabalho, ervas medicinais, tipo de alimento e etc. Essas são dicas alimentares gerais para melhorar e equilibrar sua capacidade digestiva. Experimente!!!!









quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Mudando o mundo através da Alimentação Ayurvédica (parte II)


Existem dois pontos de vista em relação à nutrição. Todos nós estamos mais familiarizados com o modelo da nutrição bioquímica que está baseada nos fundamentos da medicina moderna e nos conceitos de calorias, proteínas, carboidratos, gorduras, vitaminas e minerais...


Mas poucos de nós sabemos que existe outra abordagem nutricional, e que esta é usada há milhares de anos pelo sistema milenar do Ayurveda. O nome dado a este ponto de vista é nutrição constitucional, o que significa uma nutrição totalmente adaptada às necessidades de cada individuo, partindo do pressuposto de cada ser humano é único e singular.



DADOS IMPORTANTES
Atualmente existem dados alarmantes sobre as condições de saúde da população mundial. Foi feito um estudo nos Estados Unidos que mostra que 97 milhões de americanos estão com sobrepeso e o numero de crianças obesas dobrou nos últimos 38 anos. Além disso, metade das crianças americanas entre 7 e 12 anos tem colesterol alto e 98% das crianças tem pelo menos 1 fator de risco para doenças cardíacas.70 milhões de americanos freqüentemente sofrem de doenças cardiovasculares.

Estudos mostram que esses tipos de doença são facilmente prevenidos e curados de forma muito mais eficaz através de alimentação e estilo de vida, do que através de remédios.

Mas o problema é que o modelo atual de nutrição bioquímica é limitado. Se realmente ele funcionasse, porque será que cada vez mais as pessoas estão mais obesas e menos saudáveis? Porque será que mesmo limitando nossa ingestão de calorias e diminuindo o nível de colesterol no sangue os dados alarmantes de doenças cardiovasculares não alteram? Porque tantas informações contraditórias em relação aos alimentos? Ora café é bom, ora não é... ora chocolate faz bem, ora não faz... ora tomate causa câncer, ora previne contra câncer de próstata...ora uma coisa engorda, ora emagrece...

Enfim, após ler o magnifico livro: Ayurvedic Nutrition de Atreya Smith, essas lacunas foram lindamente clareadas para mim e eu espero poder fazer o mesmo à vocês leitores.

O PORQUÊ
-A nutrição está diretamente vinculada à indústria - indústria dos alimentos, indústria farmacêutica e indústria médica. Todas elas são interligadas e orientadas para o benefício próprio, ou seja, para o lucro. Um exemplo é o uso de agrotóxicos, conservantes e hormônios na comida. Para que colocar tais substâncias venenosas na comida sabendo da destruição que causam no organismo humano? A resposta é simples: para que durem mais tempo e para que a produção e conseqüentemente o consumo aumentem! Então, o consumidor vai ao médico buscar alívio para seus desconfortos digestivos e o resultado é o antiácido, antibiótico, antiinflamatório e assim por diante. Aliás, vocês já viram a diversidade de remédios que existem para desconfortos digestivos?? É inacreditável.....

-A nutrição é um ramo da medicina moderna que se fundamenta na bioquímica, e a química moderna é baseada no estudo de sistemas não vivos. Ou seja, componentes vivos provenientes dos alimentos são isolados e seus efeitos são testados em células teciduais, que também foram isoladas do corpo e que muitas vezes não são nem células pertencentes ao corpo humano, são células de pobres animais confinados em laboratório. Esse tipo de estudo é descontextualizado e simplista, pois desconsidera a complexidade das inter-relações do corpo vivo e a sinergia dos compostos orgânicos. Ou será que as células vivas e mortas se comportam da mesma maneira?

-A nutrição tem uma visão ingênua, para não dizer errônea em relação ao alimento. A maioria dos médicos e nutricionistas vem o corpo humano como uma máquina que necessita de combustível. Esse combustível é a caloria contida nos alimentos. Mas o que é exatamente uma caloria? Caloria é a medida teoricamente estipulada para determinar a quantidade de calor necessária para aumentar 1L de água em um grau Celsius(?). Então para atingir a meta de 2000 kcal diária estipulada para a mulher, eu posso facilmente comer bolo, chocolate, pizza, e hambúrguer que rapidamente eu alcanço a minha meta calórica, mas em contra partida essas calorias não tem nenhum valor nutricional para meu metabolismo. Sim, a caloria funciona muito bem nos laboratórios, mas não é exatamente assim que acontece no corpo humano e isso explica claramente o quadro de obesidade norte-americano.

-A nutrição carece de uma metodologia adequada. Cada indivíduo é único e possui um metabolismo próprio que difere drasticamente de outro, mesmo que ambos sejam filhos do mesmo pai e da mesma mãe. Então, como estipular a mesma quantidade de proteína, carboidrato, gordura, ou seja-lá-o-que-for para todas as pessoas? Hoje a ciência até reconhece este fato, mas carece de uma metodologia aplicável para essas diferenças.


Quero ressaltar aqui que essas informações não têm a intenção de culpabilizar nada nem ninguém. Estão ai para que mais uma vez possamos refletir a respeito de nossas atitudes e trabalhar de forma ATIVA e consciente em direção à saúde PLANETÁRIA. Simples fatos são apresentados para que comecemos a nos questionar e assim nos empoderar: tomando nas mãos as rédeas de nossa própria vida e a responsabilidade pelas nossas escolhas.

Dicas Ayurvédicas nos próximos posts...


terça-feira, 16 de agosto de 2011

Mudando o Mundo através da Alimentação Ayurvédica (parte I)


O ato de alimentar-se é muito mais do que engolir a comida. É um ato que envolve escolhas que afetam a nós mesmos, à sociedade e o planeta como um todo.

Antes de o alimento chegar ao seu prato, ele passou por diversos processos: foi plantado, regado, cultivado, colhido, selecionado, lavado, cortado, embalado, transportado e etc. Muita energia foi gasta: energia elétrica, mecânica, solar, combustível... E muitas pessoas  participaram deste processo: o agricultor, o vendedor, bóia fria, caminhoneiro, o trabalhador do supermercado, a indústria... E por último VOCÊ. 


Portanto, escolher o alimento é contribuir para uma cadeia de reações. 

A aliment-ação é uma forma de sermos ativos no processo de mudar o mundo. Porque é uma ação diária e recorrente, que envolve desde o preparo até a limpeza da cozinha.

 Na hora de selecionar o que vamos colocar na mesa e principalmente o que vamos colocar dentro de nossos corpos, devemos nos questionar SEMPRE a origem e o destino daquilo que consumimos; e tentar fazer ao máximo, escolhas que possam beneficiar a saúde de sua família, dos trabalhadores honestos e principalmente da mãe natureza, que generosamente nos fornece tudo aquilo que precisamos para sobreviver.



principais certificações orgânicas do país


Na hora de preparar o alimento, manter o ambiente harmonioso e limpo, manter a mente consciente do que está sendo feito. Vibrar intenção de cura e saúde e nunca cozinhar ou comer com emoções fortes.

Na hora de limpeza do ambiente, procure separar o lixo orgânico do reciclável, usar produtos que são biodegradáveis, ORGÂNICOS, locais e sazonais e evitar o desperdício de água, gás, energia elétrica e da própria comida.


O Ayurveda tem um vasto conhecimento a respeito da arte de cozinhar e de se alimentar... 
Mais informações nos próximos posts!



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